Nascido em 1906, numa família abastada, Caetano era um homem inteligente e culto. Formou-se em Direito e exerceu advocacia antes de ingressar na política. No início da década de 1940, tornou-se subsecretário de Estado do Ministro das Colónias, António Salazar, a figura central do Estado Novo.
Em 1968, após a morte de Salazar, Caetano assumiu a presidência do Conselho de Ministros. No início, tentou promover algumas reformas, como a abertura política e a democratização do sistema eleitoral. No entanto, os seus esforços esbarraram na resistência dos setores mais conservadores do regime.
A Guerra Colonial, que Portugal travava em África, tornou-se um fator determinante no desgaste do Estado Novo. A resistência das populações locais e a crescente contestação interna levaram a um aumento da instabilidade e do descontentamento. Em 1974, após o fracasso de uma tentativa de golpe militar, Caetano foi derrubado pela Revolução dos Cravos.
A personalidade de Caetano é complexa e controversa. Era um homem culto, mas também autoritário. Acreditava na importância da ordem e da disciplina, mas era também um intelectual que apreciava a liberdade de pensamento. Alguns o viam como um reformador moderado, enquanto outros o criticavam pelo seu conservadorismo e falta de coragem.
Marcelo Caetano morreu no exílio no Brasil, em 1980. A sua figura permanece um símbolo do fim do Estado Novo e da transição para a democracia em Portugal. Embora o seu legado seja controverso, é inegável o papel que desempenhou neste importante capítulo da história portuguesa.
Curiosidades sobre Marcelo Caetano:
Conclusão:
Marcelo Caetano foi uma figura complexa e controversa que desempenhou um papel fundamental no fim do Estado Novo e na transição para a democracia em Portugal. O seu legado continua a ser debatido, mas é inegável a sua importância na história portuguesa.