Marcello Caetano: O Último Presidente do Estado Novo




Introdução
Marcello Caetano, o último presidente do Estado Novo, é uma figura controversa da história portuguesa. O seu governo foi marcado por reformas e pela tentativa de liberalizar o regime, mas também por uma repressão crescente da oposição.
Ascenção ao Poder
Marcello Caetano nasceu em Lisboa, em 1906. Formou-se em Direito e iniciou a sua carreira política como deputado da União Nacional. Após a morte de Salazar, em 1968, Caetano foi nomeado presidente do Conselho de Ministros.
Tentativas de Reformas
Caetano iniciou o seu mandato com um programa de reformas, conhecido como "Primavera Marcelista". Entre as medidas implementadas estavam a abolição da censura prévia, a legalização dos sindicatos livres e a concessão de maior autonomia às universidades.
Resistência da Oposição
Apesar das reformas, a oposição ao regime continuou a crescer. Os movimentos estudantis e o Partido Comunista Português intensificaram as suas atividades, exigindo uma democratização total do país. Caetano reagiu com uma repressão cada vez mais dura, incluindo prisões e banimentos.
Guerra Colonial
Um dos maiores desafios enfrentados pelo governo de Caetano foi a Guerra Colonial. Em 1974, três colónias africanas - Moçambique, Angola e Guiné-Bissau - declararam a independência unilateral. A guerra arrastou-se durante vários anos, custando a vida a milhares de portugueses.
Revolução de 25 de Abril
Em 25 de abril de 1974, um grupo de militares liderou um golpe de Estado que derrubou o governo de Caetano. A revolução, conhecida como Revolução dos Cravos, pôs fim ao Estado Novo e abriu caminho à democracia em Portugal.
Legado
O legado de Marcello Caetano é complexo. Por um lado, foi um reformador que tentou modernizar o regime autoritário. Por outro lado, é lembrado pela repressão da oposição e pela Guerra Colonial.
Conclusão
Marcello Caetano foi uma figura-chave na história portuguesa. O seu governo foi um período de reformas e também de resistência. A Revolução dos Cravos pôs fim ao Estado Novo e abriu um novo capítulo na história do país.